7 Setembro 2016 José Reis Chaves
Não é novidade alguma que, faz algum tempo, conduzir uma instituição social na Bahia é problema, principalmente, quando não se tem cargo eletivo, nem faz parte de coligações partidárias: não se consegue apoio quase nenhum. Razão pela qual a Cidade da Luz não tem convênio público algum com o estado e prefeitura, porque era tudo muito difícil, mesmo quando se trabalha com seriedade e comprometimento com a questão social em si, sem qualquer interesse secundário. Apesar disso, algumas instituições, inclusive a que fundei, se lançaram em campanhas como Sua Nota é um Show de Solidariedade, hoje, Nota Premiada, a fim de ter uma ajuda a mais. Não se trata de convênio, mas de premiação. No entanto, o Governo do Estado nos deve, desde 2017, as parcelas das etapas 42 e 43, e parece que “esqueceu”, pois não recebemos justificativa alguma. Repito: é dívida.
É estranho, por outro lado, que até antes das eleições o governo do Bahia dizia que as suas contas estavam equilibradas, mas agora... Todavia, a dívida é de 2017, período em que o Estado , dizia-se, estava bem. Algumas instituições contataram comigo, pedindo que não as citassem, pois ainda têm alguns conveniozinhos e temem retaliação. Tem isto, é? Se reclama direito são retaliadas?! Mas são verdades ditas, não pode por que suscetibiliza? Não deveria.
Espero que essa dívida seja sanada, e sem a velha desculpa de que as instituições não estão regulares com prestação de contas, documentações, pois estarei para desmentir, pelo menos quando à Cidade da Luz. É desrespeitoso esse tipo de, digamos, esquecimento governamental.
*José Medrado é líder espírita, fundador da Cidade da Luz, palestrante espírita e mestre em Família pela UCSal. Escreve para o BNews às segundas-feiras.