FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Novas concepções

Jackson Brown afirma com grande propriedade que: “A maior de todas as ignorâncias é rejeitar uma coisa sobre a qual você nada sabe”. Verdade profunda.

Recentemente, uma senhora me cumprimentou em um corredor do Tribunal onde trabalho, sendo muito gentil, com palavras de estímulos e se dizendo minha admiradora. Trocamos cerca de cinco minutos de prosa – como diria minha mãe – e, nas nossas despedidas, ela arrematou: - Medrado, tenho tanta vontade de ir ouvir uma palestra sua, mas o que eu não gosto de Centro Espírita é este negócio dos espíritos estarem chegando, assustando a gente. Aquela coisa sombria, de luz apagada, música fúnebre e os mortos se comunicando. De pronto, atalhando-a, eu argumentei: Absolutamente! Esta reunião que a senhora descreveu, a mim me parece ser uma mediúnica, pois as reuniões abertas ao público chamamos de doutrinárias, e aí não existe nada disso. No muito, as luzes se apagam para as orações e passes, que são energias transmitidas por médiuns, sem qualquer manifestação espiritual, toques ou rituais estranhos. É uma palestra esclarecedora acerca da vida e seus meandros.

A senhora ainda estava no tempo em que se dizia – ir a uma sessão espírita. Hoje, já não se utiliza mais essa expressão, ainda que não seja errada. O usual diz ir a um Centro, ou o nome do Centro, ou mesmo do dirigente da instituição.

Infelizmente, constatamos muito a ignorância e o preconceito permeando o imaginário humano. Há pessoas, em pleno século XXI, pensando que o Centro Espírita é um lugar fúnebre, triste, de lamúrias e lamentos. É certo que essa imagem distorcida tem sido produto do que se depreende de alguns pregadores espíritas, os quais, alheios à necessidade de renovação da sociedade, que pede adequação às exigências do novo século, em simplicidade de argumentação e vocábulos, insistem em ficar intramuros, impedindo que o público em geral desmistifique e tire o mito de que o espírita é o superior, que entra em contato com os mortos. É aquele que sabe de tudo, o tempo todo, e se faz acima do mundo, pois vive uma outra realidade. Quantos médiuns exploram esta falácia! Lamentável!

É possível que você, leitor, possa estar dizendo que eu puxo a sardinha para minha brasa, pois faço uma pregação nada convencional. É verdade, pois quem é que faz alguma coisa e não a acha feita da melhor maneira? Todavia, é preciso que estejamos atentos aos reclames da sociedade, das suas buscas, a fim de se, de fato, nós espíritas, nos achamos revestidos do Consolador prometido por Jesus, como haveríamos de consolar sem dar o que as pessoas buscam?

Espíritas, não tenhamos uma pregação para prender, para converter... Façamo-la sempre para esclarecer, suavizar, consolar, libertar.

Não sejamos mais uma religião a disputar adeptos ou competir entre nós. Façamos o que Jesus espera de nós: CONSOLAR.

José Medrado
Mestre em Família pela UCSAL
Fundador da Cidade da Luz

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