FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO

Algumas igrejas se tornaram reformistas, mas outras, apenas dizimistas


O objetivo de Lutero, frade agostiniano da Ordem dos Agostinianos, fundada por sto. Agostinho, foi de reformar a Igreja. Realmente, ela estava precisando disso. E, então, o seu movimento passou a ser chamado de Reforma. Daí, também, o nome de Protestantes, pois, protestavam contra a Igreja.

Por causa das dificuldades de comunicação da época, reinava uma grande confusão entre aqueles que continuaram fiéis à Igreja e aqueles que passaram a seguir Lutero. Muitos padres nem sabiam se estavam agindo como padres, ou se haviam se tornado pastores protestantes, e vice-versa, havia pastores que não sabiam também se eles eram mesmo pastores ou se eram fiéis a Roma!

Diante do “terremoto” que a Reforma criou no Cristianismo, a Igreja fez a sua Contrarreforma, que foi o Concílio Ecumênico de Trento (1545-1563). Com ele, ela procurou corrigir algumas de suas irregularidades. Criou disciplinas rigorosas para o clero. E, na área doutrinária, confirmou como verdadeira a Bíblia fiel à Vulgata Latina de são Jerônimo (410), que, até então, era a única, e que continha e contém, até hoje, 73 livros, pois Lutero havia tirado dela 7 livros e mais alguns textos de outros livros bíblicos. Daí que a Bíblia Protestante só tem 66 livros.

E esse concílio criou o dogma da Transubstanciação (presença real do Corpo de Jesus, na Hóstia Consagrada, na Missa), contrapondo-se à Consubstanciação (presença simbólica do Corpo de Jesus, no pão do ritual da Santa Ceia) dos protestantes, evangélicos, e aceito pelos espíritas. Essa questão, juntamente com a divinização de Jesus, é uma das que mais polêmicas têm causado. No concílio mencionado, a maioria dos bispos votou na Consubstanciação. Mas prevaleceu a opinião do papa a favor da Transubstanciação. O que foi dito sobre a Hóstia Consagrada e o Pão vale também para o vinho: para os católicos: Transubstanciação. (Sangue real de Jesus). Para os protestantes, evangélicos e espíritas: Consubstanciação. (Sangue simbólico de Jesus). Os teólogos criaram recentemente dois novos termos, agora simbólicos, para a Transubstanciação: Transignificação ou finalização (o Corpo de Jesus seriam os fiéis). E os protestantes não aceitam todos os dogmas católicos.

As Reformas são sempre bem-vindas, se tornam as coisas mais perfeitas ou mais próximas da verdade. Mas, às vezes, também, tornam piores outras. Por exemplo, a reforma da Constituição do Brasil de 1988.

O Mestre dos mestres nos ensinou que devemos adorar a Deus em Espírito e Verdade. E, sem querer fazer sectarismo, apenas os cristãos espíritas seguem esse importante ensino do Mestre da sabedoria da imortalidade.

A Igreja e as Igrejas Protestantes fazem reformas. Mas algumas igrejas evangélicas, gananciosas por dinheiro, o que mais elas têm feito são reformas dizimistas!


Em 26, 27 e 28 de julho de 2013, a Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AMEMG) realizará o Encontro: Evangelho, Teoria e Prática, na Casa de Retiros São José, Rua Itaú, 475, Dom Bosco, Belo Horizonte. É possível a hospedagem no local. Inscrições: (31) 3332-5293 ou www.ameng.com.br

Na Rede Mundo Maior, por parabólica e www.tvmundomaior.com.br, o programa “Presença Espírita na Bíblia”, com Celina e este colunista, nas quintas-feiras, às 20h, e reprise aos domingos, às 23h. Para suas perguntas e sugestões: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. E, na Rede TV, o “Transição”, aos domingos, às 16h15, com reprise à 1h45 das quintas-feiras.

Outros colunistas de O TEMPO: Miriam Leitão, Vittorio Medioli, Arnaldo Jabor, Dora Kramer, Laura Medioli, João Batista Libânio (teólogo Jesuíta), Elio Gaspari, Xico Sá, Luiz Carlos Bernardes, Torquato (USP), Luiz Aureliano, Gilda de Castro, Manoel Lobato, Robson Damasceno Reis, Teodomiro Braga, Ana Elizabeth Diniz, Trigueirinho, Leonardo Boff, José Dirceu (ex-ministro do Lula), Tostão, Ministro Fernando Pimentel, Paul Krugman (Colunista do “The New York Times” e Prêmio Nobel de Economia em 2008) e outros.

José Medrado - Editorial

Cristina Barude - Psicografia

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